A música brasileira tem na Bahia
um celeiro de ritmos e artistas que contribuem em muito para a formação
da cultural nacional. Os movimentos iniciados no estado se espalharam
pelo país e são reconhecidos como marca da identidade do Brasil. São muitas as fases,
correntes e estilos da música baiana, mas o inegável é o valor da arte
produzida no estado.
A começar pela obra de Dorival Caymmi, cantor
e compositor que desenvolveu um estilo próprio de escrever, sempre inspirado
pela tradição, pelo costume e os hábitos tão marcantes entre os baianos. As
referências a vida na Bahia estão presentes em cada composição de Caymmi, com
destaque para as canções tão conhecidas entre os brasileiros como “Saudade da
Bahia”, de 1957, e “Maracangalha”, apresentada em 1956.
O Tropicalismo, movimento cultural brasileiro
que até hoje influencia jovens artistas na composição de suas obras, também
teve na Bahia um dos seus principais celeiros. Nomes como Caetano Veloso,
Gilberto Gil, Maria Bethânia e Gal Costa refletem a importância da Bahia na
formação da música brasileira e na identidade cultural do país. Principalmente,
como parte do processo de auto-definição e formação no que pode ser considerado
genuinamente brasileiro. Ou não.
A música da Bahia também é fortemente marcada
por um movimento mais recente, em comparação a Caymmi, ou o Tropicalismo, mas
não menos importante em termos de repercussão popular. O Axé, que começou a se
popularizar na década de 1980, nasceu durante o carnaval de Salvador e tem no
seu próprio nome referência na umbanda e no candomblé, movimentos religiosos
tão presentes na cultura baiana.
Com o impulso da indústria fonográfica e da
mídia brasileira, o ritmo se espalhou rapidamente pelo país e se converteu em
uma espécie de hino do carnaval de vários estados, não só mais da Bahia. No
entanto, ainda é no estado que se encontram artistas mais relacionados as
origens do estilo musical, que tentam manter vivas as tradições e raízes do
Axé.
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